Propósitosssssssss!!!!

VOCÊ QUER MUDAR O MUNDO, MAS..

A atitude inconformista de "pegar ou largar", isto é, de aceitar ou não aceitar os convites do "status quo" (mais conhecido por "o sistema") não é fácil. Muita boa gente tropeça na primeira dificuldade e desiste, deixando-se levar pela corrente e misturando-se na multidão.

Muita gente que conheci, decididamente inconformista (estou ciente de que o era mesmo) e disposta a mudar o "sistema" acabou por se transformar em seus animadores e cultivadores. Ou seja, essas pessoas trocaram o incerto e a aventura de viver pelo certo (certinho), a segurança (psicológica) e o comodismo (conforto).

As razões para estes retrocessos podem ser muitas: um novo emprego do tipo "yes, man" (sim, senhor) que exige obediência total e pouco ou nenhum espaço para mentes criativas, casamento, pressão familiar, pressão social, etc.

Ser inconformista meramente teórico (é muito bonito a pessoa armar-se em irreverente, em opositor do sistema, e por aí adiante) é diferente de ser um inconformista concreto, prático e participativo, corajoso o suficiente para enfrentar as tentações do conforto prometido pela obediência ao que o Poder e o Sistema podem garantir.

Na vida política encontrei muita gente dessa. Sabichões e opositores fora das elites e das clientelas partidárias mas imediatamente adeptos e defensores daquilo que antes contestavam porque simplesmente "ganharam" com a troca. Trata-se de gente da direita à esquerda do espectro partidário que hoje repugno pela falta de carácter e não tanto por mudarem 180 graus.

Espreitemos a atividade mental dessas pessoas e descobriremos onde está o seu ponto fraco: no medo! É o "cérebro do lagarto" (como descreve o prof. Steh Godin) a atuar, ou seja, aquela área muito antiga do cérebro que, para nos proteger, dispara os mecanismos de defesa (o sistema límbico, o das emoções mais básicas).

Felizmente estamos sempre em mudança e esta produz novas mentes dispostas a assumirem os lugares vagos.

Citando Joyce Morgan: “lindo é o sol que não tem medo de morrer para nascer no outro dia".