Actualmente vivemos um período de transformações profundas e
de maior interação social. A produção de informação cresce de forma imparável,
imediatista e ao mesmo tempo efémera. Uma pergunta parece-nos então óbvia:
teremos capacidade para lidar com tanta informação e estímulos em simultâneo à
mistura com sentimentos de incerteza e de ambiguidade?
Afinal, muitas pessoas (cada vez mais, na verdade) revelam
síndromes preocupantes: pensamento acelerado, estados depressivos, ansiedade
patológica, instabilidade, agressividade, inquietude e medos.
Tudo isto é um mau presságio. E há quem faça a advertência:
as sociedades modernas estão em risco de uma grave ruptura psicológica e
social. Os sinais estão à vista: cresce o número de pessoas com perturbações
emocionais e cognitivas.
Estaremos então no limite das nossas capacidades mentais? Ou
estaremos apenas impreparados para acompanhar o ritmo de transformações
(sociais, tecnológicas e culturais) e a torrente de informação que todos os
dias e a toda a hora nos cerca e invade?
A questão - que não é apenas do foro médico - merece que nos
debrucemos urgentemente sobre ela.