O
amor é um sentimento multifocal. É, segundo a psicologia, uma confluência de
paixão, intimidade e união. Está ligado a numerosas emoções e influencia os
comportamentos. O amor, ele próprio, combina-se com sentimentos de fundo como a
excitação, o bem-estar, o entusiasmo e a harmonia.
O
amor influencia também o estado do nosso Eu (nas suas dimensões espiritual,
psíquica e física) e pode contribuir para o enriquecimento da autoestima. O que
quer dizer que, na ausência do sentimento do amor, ou na sua falta de
correspondência, a nossa vitalidade pode falhar, sofrer ruturas e provocar
sentimentos de frustração, desânimo, tristeza e depressão.
O
ser humano está predisposto geneticamente para amar e ser amado porque é um
animal profundamente social, envolvido em múltiplas redes de relações
(familiares, comunitárias, laborais, etc.). Os sentimentos têm servido ao Homem
para o influenciar na sua perceção de si e do mundo e levá-lo a agir no e sobre
o mundo. O amor, em particular, é um estimulante poderoso (motivador) da ação.
O
modo de amar depende muito das aprendizagens sociais nos primeiros anos de
vida. A forma como uma pessoa ama está muito ligada à educação que teve. Isso
deve-nos preocupar com o modo como ensinamos os nossos filhos a viver e
sobretudo o que lhes ensinamos. O amor é um sentimento revolucionário pois pode
transformar o nosso mundo.